O Youtube foi fundado em Fevereiro de 2005 e surgiu na internet como uma plataforma dedicada à publicação de conteúdos indiferenciados de vídeos e imagens de qualquer utilizador.
É cada vez mais comum encontrar-se na internet um vídeo Youtube instalado num blog, como é o caso deste http://screens.blogs.nytimes.com/2006/11/10/policing-the-police/ de um blog associado ao The New York Times. O artigo exposto no blog questiona a possibilidade de serem admitidos em tribunal este tipo de vídeos publicados online, como o que apresenta sobre brutalidade policial.
O que mais me assusta, para além deste facto que concordo, é o acesso que existe de forma gratuita a estes vídeos online de extrema e real violência. Parece-me que esta informação, avulsamente acaba por promover uma banalização inconsciente de alguns padrões de comportamento profundamente radicais.
Isto já para não falar da violência ficcionada em séries de formato familiar como o Dr. House, CSI, Nip Tuck ou Anatomia de Grey, em que são expostas com frequência imagens que até a mim me dão a volta ao estômago e que consideraria particularmente perturbantes: o olho que sai fora da órbita da cabeça de um paciente e que fica pendurado, o testículo que explode a outro, ou até o cirurgião que decide fazer uma correcção ao seu próprio septo nasal frente a um espelho, e isto só para não apicantar muito a coisa.
Sinto que estamos constantemente a ser postos à prova perante um manual de procedimentos, quer na internet, na tv ou mesmos nalguns videojogos, e sobretudo que se estejam a produzir padrões e modelos-a-seguir completamente disformes ou tendencialmente psicóticos às gerações vindouras.
Aborrece-me que uma criança de 7 ou 10 anos, para dar um exemplo, possa ter acesso a este tipo de informação de forma quase acidentalmente. Tenho a opinião de que não estão previstas as classificações, escalões ou bloqueios necessários para uma hierarquização básica e essencial de determinados conteúdos de informação visual disponível nestes e noutros sites semelhantes.
Post Scriptum
A revista americana Time, edição de 13 de Novembro de 2006, elegeu o YouTube a melhor invenção do ano por, entre outros motivos, “criar uma nova forma para milhões de pessoas se entreterem, se educarem e se chocarem de uma maneira como nunca foi vista”.
Fonte Wikipédia
20061114
a-Violência e o YouTube
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3 comentários:
Sou incondicionalmente adepto do youtube..
Fala-se cada vez mais de violência porque há cada vez mais violência e não porque se fala mais sobre ela ou se mostra mais.
A realidade esá pejada de situações cruéis que são mostradas de forma mais ou menos ficcionada ou de uma maneira crua, como a que mostras do fulano a ser agredido pela policia e a gritar que asfixia.
Não acredito que mostrar isso gere mais violência.
Não são as imagens que falam ou mostram a realidade (mesmo com "excessos")que têm "culpa" da realidade.
Porque é que não se pode ver o mundo como ele é?
Se as pessoas podem ser brutais porque se há-de revelar apenas o lado inocente? Isso convém a quem? Mata-se por causa dos jogos de video ou fazem-se jogos de video porque se mata?
Haverá sempre uns ou outros que se inspiram em filmes ou livros ou jogos mas não me parecem ser a regra.
Quanto a crianças pequenas, espero que os pais não as deixem aceder a esas imagens, pelo menos às mais brutais ...
O youtube é poderoso...
De qualquer modo os aparelhos desligam-se, ninguém tem que ficar a ver. Mas que há, há e não me parece que deva ser censurada.
Não me parece...
Desculpa o testamento.
Se amanhã tiver outra opinião ou reformular esta também o direi...
eu acho que para as crinças devia haver uma espécie de classificação ou um não-acesso tão fácil e banal!!!
porque a consciência só vem mais tarde..., para poderem elaborar sobre as imagens que são vistas!
não é necessário censurar, mas algumas medidas de protecção/classificação para os mais novos!acho que poderia-se pensar nisso...
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