Caro Anónimo,
(...) Percebi pelos teus comentários que a experiência de Louise Borgeouis não te deixou insensível, que promoveu em ti uma ulterior vontade de avaliação dessa afirmação para além do seu sentido estético-provocador.
A afirmação de LB parece-me definir uma óptima intervenção. Compôs logo uma determinada ambiência a favor de multidisciplinaridade no blog, estrutura como que um cenário psico-patológico latente, ao qual todos sucumbimos e desenhamos ao representarmo-lo colectivamente em cada interacção que descrevemos no simulacro das nossas vidas. (...)
Ah, já agora quanto ao artigo '------casa Portuguesa !?', bizarria! - talvez não. Reconheci um ambiente algo teatral, no qual estou habituado a encontrar pelas ruas de Lisboa mais decadentes, ou melhor, menos expostas ou esquecidas.
As construções ostentam-se: verticais por ironia, petrificando simbolicamente a eternidade, como desde os primórdios se pode constactar (mas a que deve esta eternidade?); miméticas de modelos construtivos que já deixámos de compreender, mas que no entanto continuam a surgir como modelo cultural inexplicavelmente nas entranhas das malhas urbanas; anquilosadas, revelando a nossa incapacidade comunicacional quanto ao espaço no qual devemos também intervir e adstringirmo-nos; e por último, interessante como reflexão - a iconográfica colcha bordada - em exposição-memória, descrevendo e atentando ao último e melhor declarado símbolo acerca do seu inóquo contexto cultural e sociológico - o nomadismo-objecto acutilante! (...)
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